sexta-feira, 19 de março de 2010

Mergulho e Arvorismo - Aventuras em Paraty


Em Paraty experimentei duas aventuras radicais: mergulho e arvorismo. À primeira não me adaptei muito bem. Ao mergulhar, senti uma pressão muito forte no ouvido. A descida, a dez metros de profundidade, é feita gradualmente e controlada pelo instrutor - que me acompanha todo tempo. Mesmo assim, mergulhei e retornei à toa umas três vezes antes de conseguir chegar ao fundo do mar e admirar suas belezas. Não senti nenhum medo do mergulho, talvez somente uma apreensão inicial. De fato há um outro mundo sob as águas: peixes, estrelas do mar imensas, corais e outras formas de vida que fogem de meu vocabulário :-) Devo ter permanecido cerca de meia hora lá embaixo. Perde-se inteiramente a noção do tempo. De volta ao barco e retirado todo o equipado, veio-me uma pequena dor de ouvido que se transformou em um incômodo permanente - estragando o recente prazer do mergulho. Era como se eu tivesse descido a serra e ficado com metade da cabeça cheia d'água. Algum vaso sanguíneo estourou em meu ouvido e sangrou um pouco - fiquei cheio de medo. Meu Deus! meu tímpano estourou?! Então um professor de mergulho que estava com sua equipe explicou-me que se isso tivesse acontecido eu estaria me contorcendo de dor. Realmente não era uma dor profunda que eu sentia. Essa sensação esquisita no ouvido e na cabeça durou até o dia seguinte! E neste dia fui, após o trabalho, ao otorrino (que entende mais de ouvido do que professor de mergulho!). Ele me disse que houve uma microlesão em meu ouvido e me receitou antibiótico por dez dias! Enfim, não pretendo repetir a dose. Ver peixinhos agora só com máscara (snorkel) sem mergulhar tão fundo, e conhecer o fundo do mar somente assistindo ao Discovery Channel/ NatGeo / Globo Repórter etc.

Com o arvorismo a história foi outra: só diversão! Para quem não conhece, arvorismo é o esporte praticado no alto das árvores. Há vários níveis, quanto mais difícil, mais próximo às copas das árvores. Você tem que passar de uma árvore a outra, superando diversos obstáculos, preso por cabos de aço de segurança. Um dos obstáculos é atravessar por cotocos de madeiras ligados entre si também por cabos de aço; em outro você tem que balançar em uma corda e se prender a uma rede no lado oposto; em outro há uma pequena tirolesa. Enfim, várias etapas até chegar ao final.
O parque em que pratiquei fica próximo ao trevo de Paraty (Paraty Sport Aventura). Lá chegando, fui recepcionado pelo casal francês Patrick e Sophie, que cuidam do parque. Simpaticíssimo, Patrick convenceu-me a percorrer o nível mais difícil, o que dá mais emoção: o vermelho! Sua esposa acompanhou-me até o treinamento, onde vesti o equipamento e as instruções me foram passadas. Depois subi por uma escada de madeira até uma árvore bem alta e ali começou a adrenalina. Em dois obstáculos pensei que tivesse que ser "resgatado" (que deve ser um mico geral). O primeiro foi um desafio que consistia em passar de uma árvore a outra com a ajuda de uma sequência de madeiras verticais , que balançavam à medida que passava de uma para outra (dá até um frio na barriga ao lembrar). O segundo mais difícil era uma sequência de balanços de cabos de aço, era preciso utilizar impulso para ir de um a outro até chegar ao fim. Exige coragem, concentração e um pouco de força física. Quando terminei tudo, eu estava exausto e todo suado! Muito bom! Fiz também a série de tirolesa ao final do arvorismo. O vídeo abaixo (propaganda do parque) dá uma ideia do que seja arvorismo. Esse esporte eu farei novamente, sem dúvida!


1 comentários:

anna lucia corcione david disse...

que aventura maneira, hein?
ainda te deixou lembranças visuais e principalmente auditivas...
espero que vc esteja melhor e recuperado, mas seu lugar definitivamente é na mata ou na serra...
ps: chamar torneró de braga é pouco... rsrsrs