quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Poesia

Há poesia pelas ruas.
Há poesia no concreto das esquinas da cidade.
Poesia no trem apressado.
Nas pessoas que vêm.
Nas pessoas que vão.
Nas pessoas que foram e virão.

Passo com um passo apressado.
Num compasso de aço.
Passo competindo com o tempo.
(Esse eterno vencedor)
Mas há poesia no passo que dou.
Ainda que eu não perceba,
Ainda que tu não percebas.

Há poesia.
Por que há quem nunca a perceba?

SAARA

Estou no meio do deserto
Sinto o calor abrasador
Sinto a aridez que sufoca
que seca meus olhos
que desmancha meu sorriso
que fere meu rosto
que me deixa marcas
Sinto a areia escorrer pelos meus dedos
(das mãos, dos pés, do tempo).

Atrás daquela duna fica
O lugar de onde retiro o vil metal
... para continuar no deserto...
Os papéis estão manchados,
Eles estão ressecados, ressequidos, alquebrados
Não conseguem reter minha atenção.

Volto à minha tenda
Estendida entre milhares
Tudo está roto!
A louça, lascada!
Os móveis, riscados!
Os assentos, rasgados!
O espelho, trincado!

Tudo é insípido,
Ou sabe à areia.
Tudo me engasga!

Tudo tem o pó da solidão.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Se este Universo Paralelo tivesse trilha sonora...

essa canção seria uma forte candidata. O clima viajante é maravilhoso!! E o remix Astro's Reflect and Chill Mix seguiu justamente essa viagem...

"Madredeus - Ao longe o mar

Porto calmo de abrigo
(De) um futuro maior
Inda não esta perdido
No presente temor

Não faz muito sentido
Não esperar o melhor
Vem da névoa saindo
A promessa anterior

Quando avistei ao longe o mar
Ali fiquei
Parado a olhar

Sim, eu canto a vontade
Canto o teu despertar
E abraçando a saudade
Canto o tempo a passar

Quando avistei ao longe o mar
Ali fiquei
Parado a olhar

Quando avistei ao longe o mar
Sem querer deixei-me ali ficar"